Histórias contadas por Lindolfo
 |
Lançamento: 25 de outubro de 2025 Local: Espaço Comunitário Professora Dyrce Santos Maciel Morro dos Cabritos
"Quero trazer lembranças de um período, mesmo sabendo que não será na sua integralidade, mas ainda poderão dar informações para uma comparação daquilo que temos vivido ou que ainda traçamos para nossa continuidade, creio que muitos voltarão no tempo que talvez não lembrem mais, porém que fazem parte da sua história." (p. 11)
No Varal Sonia Thiago
Há um trilho no varal. Maria (es)Fumaça memórias: Heitor amassa o barro. Mário Bom Crioulo, Ilustrada Noite! Olhos de Paixão percorrem as colunas... O trilho espalha caminhos que se abrem para Maria: a fumaça se esvai, mas ficam os homens, nas histórias contadas por Lindolfo em um Morro chamado dos Cabritos.
 "(...) ter um pouco da história que marcou uma Cidade que já respirou muito mais, mas que ainda respira o perfume da essência ferroviária." (prefácio)
 "Acontecia nesta oficina anualmente, uma manutenção geral durante as férias coletivas, onde permanecia uma turma para realização dos serviços, um destes trabalhadores em alguns períodos foi o Artífice Mecânico, José Heitor da Silva, matrícula 23/063.241-6."
|
Varal de Memórias 1
"Ao trazer a memória aquilo que está em minha essência de vida,
percebi a imensa satisfação que contagiou outras pessoas, então a partir daquele momento, surgiu o desejo de traduzir em história escrita não só o que está comigo, mas o que fez e faz parte de tantos outros, que inclusive algumas narrativas foram extraídas de memórias de pessoas que também habitaram no morro, as quais apresento-as como colaboradores." (p. 11)
VM 3
"Quando surgiu a motivação para traduzir em letras as lembranças,
não foi somente para que os meus viessem a saber da história parcial de minha vida,
mas para provocar em tantas outras mentes como é bom recordar algo que talvez não estamos lembrando mais, tais como essências de uma infância, adolescência e maturidade." (p. 119)





GENEROSIDADE

"Contando com a generosidade dos moradores, era constante encontrarmos buscando pessoas auxílio para suprirem suas necessidades.
Três eram mais conhecidas, como o Sudário, o Sexta-feira, que recebeu este apelido pois somente subia o morro as sextas-feiras, e diziam que ele possuía sítio em Sapucaia (RJ), e a mais conhecida era a Senhora Adelaide, comumente chamada de "Carijó", esta era conhecida em toda a cidade, uma pessoa de porte pequeno, porém quando provocada, emitia vários palavrões, portava sempre à mão um pedaço de pau, personagem esta que o meu amigo escultor além paraibano, ferroviário aposentado, José Heitor, a retratou em madeira, fazendo o lançamento desta obra em 1983 no centenário de Além Paraíba." (p. 99)
Vivências
Não vivi em um Morro chamado Dos Cabritos, mas vivenciei algumas coisas comuns a ele. Sinto-me, portanto, no dever de falar sobre certas lembranças: o padeiro de pauda; água de poço; o mato que se transformava em vassoura; os doces da infância; as brincadeiras de criança; a bucha de anil para clarear roupas... Carijó desfilando pelas ruas de Além. O Seu Sexta-feira do autor será o Seu Quinta-feira que andava pelo meu Cantão (Rua Manuel Freire)?
Lembranças de "uma Cidade que já respirou muito mais" e me mantêm viva. Memórias não só "em um Morro chamado Dos Cabritos", mas certamente em mais alguns seres, além de mim.
Tenho folheado o livro de Lindolfo na ânsia de resenhá-lo. A resenha virá no tempo certo, após a leitura e o encontro com minhas emoções.
(Sonia Thiago)
Fotos: entrefotoseletras, Heitor José da Silva, Lerisson Lameira Junior - facebook
Vídeos: entrefotoseletras
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Show
ResponderExcluirEm que dimensão você estava, quando escreveu o poema e o texto. Você, como sempre, brilhante. Um dia você vai publicar você?
ResponderExcluir