No Sítio Branco

No Sítio Branco

com Douglas

                                                                                     Penha Bernardo





Ainda estão em mim lembranças do fim da tarde e início da noite em visita ao Sítio Branco. Como qualificar o vivido? Meu desejo seria escrever um cântico de louvor à criação, pelos estreitos e lindos caminhos ladeados pelas casas, pelas floridas casas, onde tem mais de Deus que de homens. 

Absorta numa profusão de rosas, em cada cacho, jabuticabeiras em flores e frutos, flores  mais flores, as mãos se moveram em palmas, como de costume nos lugares de diferente espírito do tempo. Parece São Pedro. Lumiar. Sítio Branco é a São Pedro alemparaibana. A Lumiar alemparaibana.


Compondo a delicadeza daquele quadro, surgiu, no alto de uma escada florida, um feixe de luz de nome Meiriane. Só sorrisos! E sua mãe, Maria. Lá alcançamos e sorvemos o melhor banquete. Meiriane veio morar em nós, e desejamos ter encontrado morada nela também. Fomos nos abrigar uns nos outros. 

Já não cabíamos em nós, mas, conectados ao sublime, continuamos colhendo. Braços cheios de flores e mudas, mais Seu Antônio, mais Adriana e filha, mais boa conversa. O agradável encontro com  amigos que por nós passavam. Gentilezas, flores e sorrisos encheram a nossa tarde. 

Assim chegamos ao destino: encontramos Douglas. 



O amigo, o irmão, o companheiro de profissão, o poeta. Douglas me estendeu a mão e me chamou de 
irmã. Presenteou-me a vida com vivências e auxílios elevados.
 Ele é uma das mãos mais dadivosas do meu caminho, da minha estrada vivente.



No princípio da noite, ele nos contou os enfrentamentos que viveu nos últimos tempos. Seu propósito era que ficássemos cientes da efemeridade da vida e, sobretudo, trouxéssemos à prática o que lhe dá sentido: amar.

A pedido do Douglas, por um tempo, intenso, fechamos os olhos. Silenciamos. Sentimos o pulsar das vidas lá presentes.

O barulho da água.
 
O canto da cigarra. 

Um bichinho e outro a nos pousar.

Abelhas.

         Gambás no portão.

      Um cachorro a nos olhar fixamente.

Ainda que por instantes, era  a visita da plenitude.
  

Tudo no Sítio Branco revela amor. Tudo tem vida. Os moradores não destoam do local, eles se complementam. A
 composição do desenho de moradores e da localidade revela respeito. Uma, parece, natural relação de respeito entre o homem e a Natureza.


 Ficou em mim o desejo de permanecer no abraço.
 Naquele encontro. Naquele lugar.
Naquele
 momento.


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Fotos: Wallace Cunha
Imagem 1: cedida por Lindalva Silva

Comentários

  1. Douglas , um presente que a vida me deu e um irmão que escolhi. Amo você, meu irmão/amigo. Plagiando Fábio de Melo:"você é um dos alicerces de meu encantamento pela vida !"Louvado seja Deus pela sua vida!!!Feliz vida!!!

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